02 – O padrão CD/ISIS

O primeiro antecedente deste programa, nasceu no final de 1960, com o desenvolvimento na Organização Internacional do Trabalho (OIT) de um conjunto de programas designado por ISIS (INTEGRATED SET OF INFORMATION SYSTEM), desenhado especialmente para computadores Mainframe. Paralelamente a UNESCO desenvolveu outro sistema de gestão documental que designou por CDS (COMPUTARIZED DOCUMENTATIO SYSTEM).

Após a fusão entre os dois sistemas, o CDS da UNESCO e o ISIS da OIT, foi dada origem a um novo produto que se designou CDS/ISIS (Computarized Documentation System / Integrated Set for Information Systems).

No final de 1984, com o advento dos PCs (Personal Computers), a Unesco criou dois grupos de trabalho para a implementação do CDS/ISIS neste novo ambiente. No Brasil, neste mesmo ano, duas instituições receberam este “software” para avaliação: a Bireme e o IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia).

A primeira versão do MICROISIS (versão do CDS/ISIS para computadores pessoais) correu pela primeira vez num equipamento IBM PC-XT de 150kb de memória e com 10Mb de disco, tendo sido apresentada num reunião de utilizadores da versão para Mainframe, realizada em Buenos Aires em 1985.

Em 1987, a Bireme utilizando o MicroISIS, inicia um projeto de produção da primeira base de dados em CD-ROM na América Latina (LILACS CD-ROM), e em 1988 em convênio com a Unesco desenvolve o Cisis, que se constitui em uma biblioteca de funções utilizando a linguagem C, proporcionando o desenvolvimento de utilitários portáveis capazes de manipular várias bases ao mesmo tempo e executar operações com maior rapidez independente do ambiente de “hardware”. Surgem os Utilitários Cisis (MX, MXCP, MXTB, MSRT, etc.).

Em março de 1989 a Unesco lança a Versão 2.0 do MicroISIS. Esta nova versão passou a permitir o processamento de até 16.000.000 de registros e consagrou o projeto da Bireme na produção da primeira base de dados em CD-ROM gerida com o CDS/ISIS. Surgiu então o novo módulo (ISISPAS) que integrava determinadas funções de programação em Pascal no programa fonte do CDS/ISIS.

Em junho de 1993 a Unesco lança a Versão 3.0 multiusuária, suportando redes locais (LAN). Nesta data é também liberada a versão UNIX do CDS/ISIS. Por volta de 1994, surgem os primeiros ensaios para a implementação do CDS/ISIS para o ambiente Windows. A Bireme desenvolve a ISIS.DLL para Visual Basic e Delphi. Surgem novas interfaces para operação de bases de dados ISIS em ambiente gráfico. Em 1996 a Bireme lança a primeira versão de um servidor de bases de dados ISIS para a Web, o WWWisis. Começam a surgir vários outros servidores de bases de dados ISIS para a Web em todo o mundo.

Em novembro de 1997 a Unesco lança a Versão 1.0 (beta) do CDS/ISIS para Windows. Neste novo ambiente, torna-se possível a ligação de arquivos Multimídias a registros ISIS. Surgem as primeiras bases de dados ISIS com hipertexto, imagem, som e vídeo.

Em julho/1998 a Unesco lança o WINISIS 1.1 (Windows 3.x, 95, NT e 98) multiusuário, com a linguagem de formatação enriquecida com todos os recursos gráficos do Windows (formatação de estilo de fontes, parágrafos, hyperlinks,etc);

Em 1999 a Bireme divulga o Wxis, servidor para bases Isis baseando-se no XML.

O padrão CDS/Isis segue a norma ISO 2709 e possui três conceitos essenciais que o diferenciam dos demais gerenciadores de base de dados:

  1. registros de tamanho variável: especialmente útil para bases bibliográficas devido a diversidade e complexidade da descrição documental;

  2. campos repetitivos: utilizado para tratamento de dados com número incerto de ocorrências, tais como autores e assuntos;

  3. subcampos: subdivisão do conteúdo do campo, que permite dar tratamento diferenciado a cada parte indicada.

O CDS/Isis utiliza ainda um sistema de tratamento de índices que torna a pesquisa extremamente rápida.

Informações extraídas do Site do Grupo de Usuários de CDS/Isis do Paraná: http://www.isisparana.hpg.ig.com.br e Winisis 1.4: Guia de Referência em Português – Control Informação e Documentação.

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